quinta-feira, 19 de maio de 2011

Nordeste tem 19,1% de analfabetos entre população com mais de 15 anos

A média nacional é de 9,6%. O abandono escolar chega a 15% nas séries finais do ensino fundamental. Entre os dez estados de todo o país onde os professores ganham menos, sete são da região.


Esta quarta-feira (18) é o terceiro dia de visitas do JN no Ar a escolas públicas dentro da blitz da educação. O destino foi a Região Nordeste. A repórter Beatriz Castro apresenta alguns dados e informações sobre a região, que tem mais de 53 milhões de habitantes.

Em todo o Nordeste mais de 9,5 milhões de crianças estão matriculadas no ensino fundamental em cerca de 66 mil escolas. São 424 mil professores com um problema em comum: “O professor no Brasil ganha mal e, particularmente no Nordeste, ganha mal”, contou Luciana Marques, do Departamento de Educação da UFPE.

Entre os dez estados de todo o país onde os professores ganham menos, sete são do Nordeste. Os professores de Pernambuco têm o pior salário: R$ 1.219, bem menos que a média nacional que é de R$ 1.745.

“A sociedade brasileira não prioriza a educação. A partir do momento em que não é prioridade número 1 do governante, seja o governador ou o prefeito, ele não prioriza a profissão, em termos de um salário adequado, em termos de uma carreira promissora. E, com isso, o Brasil vem perdendo pontos do ponto de vista do seu desenvolvimento educacional”, declarou o conselheiro do Todos pela Educação Mozart Ramos.

Os professores podem ter a mesma formação e a carga horária idêntica, mas os salários são diferentes de estado para estado, de cidade para cidade e dentro do mesmo município. Em escolas vizinhas, os salários variam se forem pagos pela prefeitura ou pelo governo estadual.

A lei estabelece um piso de R$ 1.187 para todos os professores da educação básica com jornada de 40 horas semanais, sem contar os benefícios.

“O piso é uma perspectiva de melhoria salarial”, disse Luciana Marques.

“É preciso estruturar o salário inicial com a carreira, motivação, trazer a motivação para dentro da escola e assim a gente vai começar a fazer a mudança nesse jogo”, destacou o conselheiro do Todos pela Educação.

Quem sabe mais motivado o professor possa transformar dois dados preocupantes: na população com mais de 15 anos, a taxa de analfabetismo no Nordeste é de 19,1%, quase o dobro da média nacional, que é de 9,6%, e o abandono escolar que chega a 15% nas séries finais do ensino fundamental.

Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2011/05/nordeste-tem-191-de-analfabetos-entre-populacao-com-mais-de-15-anos.html

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