quinta-feira, 3 de junho de 2010

Faltam professores na rede pública

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Governo declara previsão de corte de R$ 1,3 bi na educação

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Quarta-feira, 02/06/2010

Segundo os economistas e professores da UnB, Victor Gomes e Remi Castioni, a falta de recursos para o setor da educação pode abalar o crescimento do país a longo prazo.

Entenda a ligação entre eventos esportivos e política

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Professor explica significados políticos dos eventos esportivos
Países que sediam disputas se projetam no mundo.
Confira exemplos das Copas e Olimpíadas passadas.
Do G1, em São Paulo


O professor de história do cursinho pH, Igor Vieira, dá uma aula sobre os eventos esportivos e seus significados políticos.

Vieira explica que os países que sediam os mundiais conseguem se projetar no mundo todo.

Na Copa de 1934, na Itália, o líder fascista Benito Mussolini aproveitou o evento para projetar o regime. Mussolini acompanhava vários jogos e historiadores até cogitaram a hipótese de ele ter usado sósias para representá-lo.

Em 1936, nas Olimpíadas da Alemanha, o nazista Adolf Hitler, planejava utilizar o torneio para provar a superioridade dos arianos, principalmente no atletismo.

Confira a aula completa em vídeo.

terça-feira, 1 de junho de 2010

Medalha Paulo Freire vai reconhecer as melhores ações de alfabetização de jovens e adultos

Medalha Paulo Freire vai reconhecer as melhores ações de alfabetização de jovens e adultos
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Secretarias de Educação estaduais e municipais, organizações não governamentais e universidades que desenvolveram experiências de alfabetização de jovens e adultos podem se inscrever até 28 de maio para concorrer à Medalha Paulo Freire. A ficha de inscrição e o edital do concurso estão disponíveis no site do MEC .

O título foi criado pelo Ministério da Educação para reconhecer e estimular projetos bem sucedidos de educação de jovens e adultos. O MEC ressalta que a medalha “tem caráter cultural e educacional e não está vinculada a prêmio de qualquer natureza”. Podem concorrer experiências inciadas até novembro de 2009.

Serão escolhidos até dois projetos por estado, que participarão de uma seleção nacional para definir dez finalistas. Em agosto, esses projetos serão avaliados por técnicos e a divulgação dos resultados está prevista para 16 de setembro. Desde a primeira edição, em 2005, já foram distribuídas 12 medalhas para entidades de dez estados.

Edição: Tereza Barbosa

Professores terão exame para ingressar na carreira

Professores terão exame para ingressar na carreira
Da Agência Brasil

Brasília - O Ministério da Educação anunciou a criação do Exame Nacional da Ingresso na Carreira Docente, que vai avaliar “conhecimentos, competências e habilidades imprescindíveis à vida docente, ao mundo do trabalho e ao exercício da cidadania”.

Divulgado no Diário Oficial da União de hoje (24), o exame será aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado do exame e poderá ser usado como critério de contratação em escolas públicas de ensino básico.

A forma como o exame será usado para contratar novos docentes ficará a critério de cada Secretaria Estadual de Educação. O ministério não definiu ainda prazos e procedimentos de inscrição para a primeira prova.União de hoje (24), o exame será aplicado anualmente pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep). O resultado do exame e poderá ser usado como critério de contratação em escolas públicas de ensino básico.

A forma como o exame será usado para contratar novos docentes ficará a critério de cada Secretaria Estadual de Educação. O ministério não definiu ainda prazos e procedimentos de inscrição para a primeira prova.

Edição: Tereza Barbosa

Lei prevê que bibliotecas de escolas sejam administradas por profissionais habilitados

Lei prevê que bibliotecas de escolas sejam administradas por profissionais habilitados

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A lei publicada hoje (25) no Diário Oficial da União que obriga todas as escolas públicas e privadas a terem uma biblioteca também estabelece que o espaço deverá ser administrado por profissionais da área. Para a presidente do Conselho Federal de Biblioteconomia (CFB), Nêmora Rodrigues, esse detalhe faz toda a diferença porque sem a organização adequada a biblioteca fica subutilizada.

Segundo o Censo Escolar de 2009, 28,2% das escolas públicas do país contam com bibliotecas, atendendo a 53% das matrículas da educação básica. “Nós tivemos muito trabalho para aprovar uma lei que deveria ser o óbvio: todas as bibliotecas deveriam ser aparelhadas e contar com profissionais habilitados”, ressalta Nêmora.

Mesmo que a escola conte com o equipamento, é preciso profissionais capacitados para que o espaço não se transforme em um mero “depósito de livros”. “O profissional da área vai prestar serviços tanto na questão da organização de acervos quanto na promoção das atividades que atraiam os alunos para utilizar a biblioteca para ampliar os conhecimentos de sala de aula. Também é um ponto importante de acesso de informação para professores e a comunidade”, defende a presidente da entidade.

A lei estabelece que toda escola tenha um acervo de livros de pelo menos um título por aluno matriculado. O prazo para instalar as bibliotecas é de dez anos.

Pesquisa divulgada em abril pelo Ministério da Cultura aponta que 445 municípios do país não têm biblioteca, o que representa 8% do total. O estado com o maior número de cidades sem esses espaços para leitura é o Maranhão (61). As bibliotecas municipais brasileiras têm em média 4,2 funcionários e a maioria (84%) é mulher. Entretanto, 52% dos trabalhadores desses estabelecimentos não têm capacitação para a atividade.

Edição: Lílian Beraldo

Cresce no Brasil percepção de que a inovação pode vir da descoberta científica, dizem pesquisadores

Cresce no Brasil percepção de que a inovação pode vir da descoberta científica, dizem pesquisadores
Lana Cristina
Repórter da Agência Brasil

Brasília - A química é uma das áreas onde a conexão entre o setor industrial e o acadêmico está mais sedimentada, de acordo com a avaliação do coordenador do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia Energia e Ambiente e professor da Universidade Federal da Bahia (UFBA), Jailson Bittencourt de Andrade.

Atualmente, segundo ele, o desafio da área é tirar o foco da disciplina em si e inseri-la numa abordagem mais ampla, que engloba ambiente, vida e produção de materiais.
“O importante é como a química se relaciona com as outras áreas”, observou Andrade que participou hoje (27) da plenária Ciência Básica e Produção do Conhecimento: Um Desafio para o Brasil, na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Em todas as áreas do conhecimento, segundo ele, ainda é nova a percepção de que é possível conectar a ciência básica com a tecnologia.

De acordo com o pesquisador, para promover a inovação é essencial investir em educação, especialmente na qualificação profissional. “A chave para o desenvolvimento tecnológico e para o Brasil crescer a uma taxa de 5% ao ano é a qualificação. É preciso educar para inovar e inovar para educar”, disse.

Além do investimento em ensino básico, ele defende a redefinição da estrutura das universidades, acabando com a lógica da divisão em departamentos e criando condições tais como: autonomia institucional, sustentabilidade financeira, inteligência e liderança.

O presidente da Academia Brasileira de Ciências (ABC), Jacob Palis, coordenador da plenária, lembrou que há ações da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) no sentido de ampliar a formação de professores de ciências no ensino básico, um dos desafios apontados para aumentar a conexão entre ciência pura e suas aplicações.

“Outro desafio, nesse sentido, é a identificação de novos talentos. Isso tem se conseguido com a realização das olimpíadas de várias áreas, como a de matemática. Há também iniciativas de programas de ensino em ciências. Mas ainda há muito a fazer, disse Palis.

Perguntado sobre a importância da absorção de mestres e doutores no mercado de trabalho e nas instituições de pesquisa, o presidente da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Carlos Henrique Brito, afirmou que a fundação tem um programa que propicia o aproveitamento desses profissionais. Segundo ele, se o Brasil quiser ser mais competitivo em termos de desenvolvimento científico e tecnológico, tem que aproveitar melhor os profissionais com doutorado e pós-doutorado.

Edição: Lílian Beraldo

Baixa qualidade do ensino de matemática está na formação incipiente do professor, diz especialista

Baixa qualidade do ensino de matemática está na formação incipiente do professor, diz especialista

Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O problema da baixa qualidade do ensino da matemática nas escolas públicas está centralizado na formação incipiente dos professores para o ensino da disciplina. O diagnóstico é da professora da Universidade Federal Fluminense (UFF) e pesquisadora do Instituto de Matemática Pura e Aplica (Impa) Suely Druck. O ensino da matemática e de ciências na educação básica foi debatido hoje (27) durante a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na avaliação de Suely, que é também coordenadora da Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP), vários fatores contribuem para a deficiência do ensino da disciplina, desde o financiamento à descentralização da organização do ensino.

“Mas a formação do professor é o cerne do problema e é o mais difícil de ser enfrentado. Hoje temos uma quantidade muito grande de professores em sala de aula que não estão preparados para isso”, defendeu. Para a especialista, o primeiro passo é “estancar” a má-formação em cursos de baixa qualidade.

Ela destaca que os estudantes de cursos de pedagogia, que irão lecionar para os alunos do 1° ao 5° ano do ensino fundamental, recebem um conhecimento muito incipiente de matemática durante sua formação. “É praticamente nada [o que eles aprendem]. A maioria vai dar aula de matemática e a última vez que eles viram o conteúdo foi quando eram alunos do ensino médio”, aponta.

O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) Eduardo Mortmer ressaltou ainda que dentro das graduações de matemática, química e física, há pouco interesse por parte dos estudantes em trabalhar como professor de educação básica.

“O sistema de ensino não consegue segurar o professor que se qualifica. Os mestres e doutores formados nessas áreas hoje vão lecionar no ensino superior”, aponta.

Atualmente, há carência de professores de áreas como química e física para atuar na sala de aula. Muitas vezes a função é exercida por profissionais formados em outros cursos. Mortner apontou que nos últimos 20 anos, 30 mil se graduaram em química. Mas só 8 mil das 24 mil vagas para professor dessa disciplina são ocupadas por licenciados na área.

Mortmer aponta os baixos salários oferecidos pela rede pública como principal motivo para afastar esses profissionais da carreira do magistério.“O governo hoje está gastando muito dinheiro para formar professores, mas isso não tem retorno esperado porque eles não ficam no sistema”, destacou.

Edição: Lílian Beraldo

Melhoria do ensino reduz desigualdade, apontam especialistas em conferência de ciência e tecnologia

Melhoria do ensino reduz desigualdade, apontam especialistas em conferência de ciência e tecnologia

Daniel Lima
Repórter da Agência Brasil

Brasília – É preciso melhorar o sistema de ensino no Brasil para que as desigualdades sociais sejam reduzidas e haja mais inclusão social, avaliaram hoje (28) os participantes de plenária sobre o tema, na 4ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação. Luiz Davidovich, físico e secretário-geral do evento lembrou que os cientistas e a comunidade acadêmica não podem resolver todos os problemas, que, muitas vezes, têm a ver com a adoção de políticas públicas corretas para reduzir a lacuna que existe entre os menos e os mais favorecidos.


“Às vezes, ficamos muito preocupados que coloquem muito peso nas costas da comunidade científica em relação a essas questões. Questões de políticas públicas, e que são importantes, extravasam o âmbito da ciência”, disse. Um exemplo citado por ele é sobre a assistência educacional às crianças de até 3 anos. Para Davidovich, essa assistência é fundamental para “determinar o horizonte, o futuro dessas crianças.”


Segundo ele, existem estatísticas, com números levantados em outros países, que mostram que uma intervenção nessa faixa de idade muda o rumo do cidadão, reduzindo a taxa de criminalidade e aumentando a chance de acesso ao ensino superior. “Então, essa é uma questão que independe da ciência e tecnologia”, disse.


Por outro lado, ele destaca que é importante a ciência atuar em conjunto com as tecnologias sociais, que procuram estimular novos tipos de empreendimentos. Para ele, é importante que a inovação não ocorra apenas nas empresas clássicas, mas também em novos setores como cooperativas e empreendimentos sociais e populares.


“Em outras palavras, procura-se também conceber novos tipos de empresa, com inovação, mas que não participem de um processo de exclusão social e que apresentem perspectivas para um novo modelo de organização social”, observa. Nesse aspecto, ele defende mudanças, por exemplo, no ensino de ciências, não da forma como é feito em muitas escolas, apenas com o quadro de giz, mas que permita ao estudante vivenciar as experiências.


Outro problema que acaba se refletindo na inclusão é a falta de uma escola boa e eficiente para todos. Davidovich lembra que, nas comunidades carentes, os pais analfabetos, ao descobrirem que os filhos já leem, ficam satisfeitos e acham que é o suficiente para uma ocupação no mercado de trabalho. No entanto, há uma discriminação entre as escolas dessas comunidades e as escolas das classes média e alta.



“Não basta a criança aprender a ler e ser enviada ao mercado de trabalho. Ela tem de aprender a perguntar, questionar, interrogar a natureza”. Davidovich também acredita que é preciso investir mais na formação dos professores. Ele sugeriu que haja um maior envolvimento de todos nessa questão, do Estado e do próprio mundo acadêmico, principalmente nas instituições públicas.



Na plenária sobre o papel da ciência, da tecnologia e da inovação na redução das desigualdades sociais e na inclusão social como consequência da democracia e da cidadania, foi mostrado que a nota mínima para entrar, em uma universidade, no curso de medicina, é 8,3, enquanto para os candidatos à licenciatura de física e matemática, é pouco mais de 3. “Ora, esses serão os professores e educadores das nossas crianças, os formadores das nossas crianças. Entram no vestibular com média 3. É um paradoxo que foi resolvido em outros países”, afirmou.



O especialista chegou a comparar esse cenário a um regime separatista como o apartheid, em que há dois grupos: um que é beneficiado com educação de qualidade e outro que recebe uma educação de baixa qualidade. “Se não mudarmos isso, o país não terá um forte protagonismo internacional. Vem de séculos [essa realidade], da escravidão, da segregação social e precisa de dez a 20 anos [para ser resolvida]. Deve ser iniciada logo [uma mudança desse quadro], para que, daqui a 20 anos, não tenhamos mais essa segregação”.



De acordo com a professora Maria Alice Rezende de Carvalho, do Departamento de Sociologia e Política da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro, é importante transformar a ciência em algo que tenha valor para o cidadão comum. Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs), Maria Alice disse ainda que não se pode separar ciência e tecnologia que, constitutivamente, estão associadas à democratização da sociedade.

Ela citou como exemplo a difusão da informação, que precisa de uma tecnologia específica e está cada vez mais desenvolvida. O próprio processo de formação de acervos envolve ciência, observou. “Sem informação é impossível dar prosseguimento aos desejos e entender de que maneira esses desejos podem ser realizados por meio de cursos e de uma formação específica”, disse.



Maria Alice também destacou a educação como de fundamental importância nesse processo de inclusão e na redução das diferenças sociais e econômicas. “A Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação pretende que a ciência seja uma linguagem do mundo e que ela traga, de fato, melhoria para a qualidade das condições de vida das grandes massas brasileiras”.



Entre os aspectos importantes para que isso ocorra, a professora citou a melhoria da qualidade de vida em todos os níveis e a possibilidade de transformação das inovações sociais, que estão na base da sociedade, encontrarem caminhos para a difusão desse conhecimento. Para a presidente da Anpocs, é importante também que comunidades que, muitas vezes, têm saberes empíricos, venham a ser também produtoras de conhecimento.



Edição: Lana Cristina

Universidades precisam olhar mais para a educação básica, defendem especialistas

Universidades precisam olhar mais para a educação básica, defendem especialistas

Amanda Cieglinski

Repórter da Agência Brasil



Brasília - As instituições de ensino superior do país precisam começar a lidar mais com a “pré-universidade”, defendeu o presidente do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Carlos Alberto Aragão. O futuro das universidades e da pós-graduação brasileiras foi debatido hoje (28) durante a Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação.

Na avaliação dele, “os problemas da universidade começam no ensino fundamental”, que não consegue ensinar bem às crianças as duas linguagens mais importantes para o desenvolvimento científico: matemática e português. “Nós precisamos de professores bem formados, qualificados e cujos salários sejam dignos. A universidade tem o papel de contribuir para formar bons professores”, defendeu.

Aragão também criticou o fato de o estudante precisar escolher precocemente, ao final do ensino médio, a carreira que pretende seguir. Ele propôs que os cursos de graduação ofereçam, nos dois primeiros anos, uma formação mais básica para que após esse período o estudante possa escolher que área pretende seguir. “Assim ele fará uma escolha madura que terá depois de dois anos na universidade”, disse.

Os participantes do debate criticaram a “compartimentalização” das instituições em departamentos fechados que não interagem na produção de conhecimento. “É uma coisa altamente prejudicial que vai na contramão da história. A tendência moderna é a multidisciplinaridade e a organização em torno de temas. É pensar muito mais o problema em vez do rótulo”, afirmou Aragão.

O professor Luiz Bevilacqua, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), defendeu que a universidade precisa de mais “coragem, criatividade e ousadia” para romper com os modelos antigos, sem necessidade de copiar “o resto do mundo”.

“A academia tem que ser muito mais integrada. Não pode haver a separação de aluno de graduação, aluno do doutorado, professores, técnicos administrativos. As coisas têm que funcionar mais em conjunto”, disse.




Edição: Lílian Beraldo

Boletins de desempenho no Enem já estão disponíveis na internet

Boletins de desempenho no Enem já estão disponíveis na internet
Paula Laboissière
Repórter da Agência Brasil

Brasília - Os mais de 2,5 milhões de estudantes que participaram do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) em 2009 já podem acessar os boletins de desempenho no endereço eletrônico http://www.inep.gov.br/.

Os resultados da prova já tinham sido divulgados em janeiro durante o período de inscrição no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Agora, os boletins estarão disponíveis em PDF.

Para consulta, o estudante precisa ter em mãos o número do CPF e a senha gerada durante o período de inscrição na prova. Caso o aluno tenha perdido a senha, poderá recuperá-la pelo sistema que gera o boletim.

É possível acessar as notas de cada uma das provas – ciências da natureza, ciências humanas, linguagens e matemática – além da redação. O estudante pode ainda comparar a média obtida com a dos demais dos participantes.

Desde o ano passado, o Enem usa a Teoria de Resposta ao Item (TRI) para calcular as notas do aluno. O objetivo é medir o conhecimento a partir do comportamento observado nas provas.

Na escala construída pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a nota 500 representa a média obtida pelos que concluíram o ensino médio em 2009 – com exceção dos egressos (que no passado já haviam concluído o ensino médio) e dos "treineiros" (alunos que ainda não concluíram).

Quanto mais distante de 500 for a nota, para cima, melhor foi o desempenho dele em relação à média dos participantes. E quanto mais distante de 500 for a nota, para baixo, pior o desempenho em relação à média.

Edição: Juliana Andrade

Projeto de revalidação de diplomas de medicina recebeu 502 inscrições

Projeto de revalidação de diplomas de medicina recebeu 502 inscrições

Amanda Cieglinski

Repórter da Agência Brasil

Brasília - O projeto piloto de revalidação de diplomas estrangeiros de medicina no Brasil recebeu 502 inscrições. A maioria dos candidatos estudou na Bolívia (237), seguido por Cuba (154) e pelo Peru (24). O programa foi lançado em 2009 pelos ministérios da Saúde e da Educação.

Por lei, o médico que não for graduado em uma universidade de medicina brasileira precisa ter seu diploma revalidado para atuar no país. Antes, quem quisesse validar o certificados obtido no exterior passava por um processo de comprovação de documentos que podia se estender por até seis anos. Com o projeto piloto, o estudante procura uma das 24 universidades públicas que aderiram ao programa e depois faz exames escritos e práticos.

Para participar do projeto, os candidatos precisavam atender a alguns requisitos como ter concluído o curso de medicina em universidades reconhecidas pelo órgão competente em seus respectivos países. A carga horária mínima dessas graduações deve ser de 7,2 mil horas, com estágio prático que corresponda a 35% dessa carga horária.

O Ministério da Educação (MEC) divulgará o calendário e os locais das etapas de avaliação. A primeira prova será escrita e a segunda, de habilidades clínicas.





Edição: Lílian Beraldo

Campanha quer colher 30 milhões de assinaturas em prol da educação

Campanha quer colher 30 milhões de assinaturas em prol da educação

Amanda Cieglinski

Repórter da Agência Brasil

Brasília - Uma campanha lançada hoje (31) no Rio de Janeiro quer conseguir 30 milhões de assinaturas em uma petição online para pressionar os países a cumprir as metas do acordo internacional Educação Para Todos (EPT). A iniciativa 1 Gol: Educação Para Todos é uma parceria entre a Federação Internacional de Futebol (Fifa) e a Campanha Global pela Educação (CGE). O intuito é aproveitar a proximidade da Copa do Mundo “para formar uma rede de apoio à causa”.

O acordo EPT foi assinado em 2000 por 165 países, inclusive o Brasil, durante a Conferência Mundial de Educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) que ocorreu em Dacar. Ele prevê que todas as crianças do planeta tenham acesso à educação de qualidade até 2015.

A Unesco estima que 72 milhões de crianças com idade para cursar as séries iniciais do ensino fundamental estejam fora da escola em todo o mundo. Entre as metas que o Brasil precisa cumprir está a redução da taxa de analfabetismo em 50% até 2015 e a ampliação da oferta de educação para a primeira infância.

Os garotos propaganda da campanha são jogadores de futebol de todo o mundo. No Brasil, participaram do evento de lançamento no Maracanã, Zico, Raí, entre outros atletas. A meta brasileira é atingir 1 milhão de assinaturas. A petição está disponível no site www.marque1gol.org.br.





Edição: Lílian Beraldo

Corte de R$ 1,2 bi não compromete orçamento da Educação, garante ministro

Corte de R$ 1,2 bi não compromete orçamento da Educação, garante ministro
Amanda Cieglinski
Repórter da Agência Brasil

Brasília - O ministro da Educação, Fernando Haddad, disse que o corte de R$ 1,2 bilhões no orçamento da pasta não afeta a previsão inicial de R$ 59 bilhões para 2010. Segundo ele, depois da sanção da lei orçamentária houve duas entradas de novos recursos que superam o que foi contingenciado pelo decreto publicado hoje (31) no Diário Oficial da União.

A primeira, de aproximadamente R$ 800 milhões, recompôs as perdas do Fundo de Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb) em 2009 para os estados das regiões Norte e Nordeste. A outra é um projeto de lei que já está em tramitação e prevê R$ 1,2 bilhão para recompor os valores da merenda e do transporte escolares, cujo aumento foi dado no final de 2009 depois que orçamento já tinha sido encaminhado para o Congresso Nacional.

“O que foi contingenciado pelo decreto está dentro da nossa programação. Mas se houver uma melhoria na arrecadação, esses valores podem ser reconsiderados ao longo do ano”, disse Haddad. Segundo ele, o orçamento do ministério para o ano, depois dos corte e dos novos recursos, deve se manter entre R$ 59 e R$ 60 bilhões, “podendo chegar a R$ 61 bilhões”.

Edição: Vinicius Doria