quarta-feira, 26 de maio de 2010

60% dos dirigentes de escolas municipais têm doença psicológica em SP, mostra estudo

FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO

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Quase 60% dos dirigentes de escolas municipais de São Paulo sofreram no ano passado algum problema psicológico, aponta pesquisa feita pelo sindicato da categoria.

Leia a íntegra da pesquisa

Estresse foi o mais citado, com 15,4%, seguido de ansiedade e fadiga. O primeiro sintoma relatado que não se vincula diretamente a questões psicológicas foi dor de cabeça.

Apenas 0,9% dos dirigentes disseram não ter passado por nenhum problema de saúde. Foram ouvidos pelo Sinesp (sindicato) 418 gestores, para representar os cerca de 5.000 diretores, supervisores e coordenadores.

Para o sociólogo Rudá Ricci, coordenador da pesquisa, "a situação preocupante" ocorre devido ao excesso de burocracia, como preenchimento de formulários, que tira tempo de atividades pedagógicas. Ele cita ainda conflitos com pais de alunos.

Os dois pontos estão entre as principais reclamações dos entrevistados.

Alunos heterogêneos

Para o secretário municipal da Educação, Alexandre Schneider, o principal fator para desgaste dos profissionais das escolas é a dificuldade em "lidar com conflitos", após a cobertura da rede pública ter aumentado ao longo dos últimos 20 anos.

"Os alunos são mais heterogêneos, é mais difícil de trabalhar. Todos se frustram quando eles não aprendem", diz o representante da gestão Gilberto Kassab (DEM).

A secretaria pretende fazer ainda neste ano a capacitação de servidores para melhorar a relação com os pais e os estudantes.

Especificamente sobre os dados da pesquisa, Schneider afirma que o quadro mostrado está superestimado.

Tratamento

Para os pesquisadores da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo) Helena Calil e Marcos Ferraz, os dados apresentados são semelhantes ao que aparece no restante da população.

"O que se precisa fazer é criar programas para cuidar melhor desses educadores. A psicologia e a psiquiatria, inclusive na rede pública de saúde, têm todas as condições de tratar casos de depressão ou transtornos de ansiedade", diz Ferraz.

Folha de Sp de 26 de maio de 2010

domingo, 23 de maio de 2010

A cada dia, um professor se licencia por dois anos

23/05/2010 - 09h16
A cada dia, um professor se licencia por dois anos
FÁBIO TAKAHASHI
DE SÃO PAULO


O professor de história Carlos, 42, fala sozinho às vezes. Seu coração, conta, dispara sem motivo aparente. "Não conseguia controlar os alunos. Queria passar o conteúdo, poucos me ouviam. Foi me dando uma angústia. Fiquei nervoso."

Não era assim. "Eu era bem calmo", afirma, referindo-se ao período anterior a 2004, quando entrou como docente temporário na rede de ensino paulista.

Aprovado um ano depois em concurso, foi considerado apto a dar aulas, na zona sul da capital. Passados três anos, obteve uma licença médica, que se renova até hoje, sob o diagnóstico de disforia --ansiedade, depressão e inquietude.

Carlos espera nova perícia. Quer se tornar readaptado --situação de servidores com graves problemas de saúde, que ficam ao menos dois anos afastados da sala de aula. Fazem atividades administrativas na secretaria e na biblioteca, por exemplo.

De janeiro até a última sexta-feira, 194 docentes (mais de um por dia) da rede paulista foram readaptados, aponta levantamento da Folha no "Diário Oficial". Pelos cálculos da professora Maria de Lourdes de Moraes Pezzuol, que fez uma pesquisa financiada pela Secretaria da Educação, 8% de todos os professores da rede estão readaptados.

Os casos mais recorrentes são problemas nas cordas vocais, na coluna e psicológicos. A autora do estudo é ela própria uma professora readaptada.

Entre os servidores da Educação, o índice desse tipo de afastamento é maior que dos demais: 79% dos readaptados trabalham nas escolas, categoria que soma 53% do funcionalismo.

POR QUE ADOECEM

Pesquisadores apontam duas razões para tantas licenças. A primeira é a concepção da escola, que requer para as aulas estudantes quietos e enfileirados. "Isso não existe mais. Esta geração é muito ativa. O professor se vê frustrado dia a dia por não conseguir a atenção deles", diz o sociólogo Rudá Ricci, que faz pesquisas com educadores de redes públicas do país, inclusive no município de São Paulo.

A outra razão são as condições de trabalho. Em geral, os professores dão aulas em classes com mais de 35 alunos, possuem muitas turmas e poucos recursos (não há, por exemplo, microfone). Estudo divulgado na semana passada pelo Instituto Braudel e pelo programa Fulbright mostra que os docentes paulistas têm condições piores que os de Nova York.

Têm carga maior (33 horas semanais em sala, ante 25) e possuem mais alunos por sala (35 e 26, respectivamente).

Colaborou ELISANGELA BEZERRA

Folha on line de 23 de maio de 2010

quinta-feira, 20 de maio de 2010

Crise de 29 e New Deal marcam queda do modelo capitalista liberal

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1261214-7823-CRISE+DE+E+NEW+DEAL+MARCAM+QUEDA+DO+MODELO+CAPITALISTA+LIBERAL,00.html

A crise de 29 é provocada por três fatores: superprodução, superconsumo e especulação. Assista à aula de Igor Vieira, professor de História.

Aprenda a interpretar textos em inglês - Parte I

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1262586-7823-APRENDA+A+INTERPRETAR+TEXTOS+EM+INGLES+PARTE+I,00.html
A partir da leitura do texto, algumas informações podem ser inferidas sem estarem escritas explicitamente. Nelson Seckler explica o que é inferência lógica.

Guerra Fria é resultado do fim da 2ª Guerra Mundial

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1261218-7823-GUERRA+FRIA+E+RESULTADO+DO+FIM+DA+GUERRA+MUNDIAL,00.html
EUA e URSS disputam hegemonia mundial depois da 2ª Guerra Mundial. A disputa de território marca os principais conflitos entre as superpotências. Assista à aula de Igor Vieira, professor de História.

Crise de 29 e New Deal marcam queda do modelo capitalista liberal

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A crise de 29 é provocada por três fatores: superprodução, superconsumo e especulação. Assista à aula de Igor Vieira, professor de História.

Aprenda sobre termometria, o estudo de temperaturas

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1262449-7823-APRENDA+SOBRE+TERMOMETRIA+O+ESTUDO+DE+TEMPERATURAS,00.html
O professor Thiago Souza, do colégio e curso PH, dá uma aula sobre termometria. Aprenda sobre o o estudo de temperaturas num determinado sistema e as escalas de medição de calor.

A UnB traz novidades para concurseiros e vestibulandos. A universidade vai diferenciar os candidatos elegíveis dos que fazem o exame apenas para teste

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1250580-7823-SAIBA+COMO+USAR+A+SOLIDEZ+ARGUMENTATIVA+NAS+REDACOES+DE+VESTIBULAR,00.html
Professor Vicente Doelorme, de Português, explica que as ideias apresentadas nas redações não devem parecer individuais. Por isso, os argumentos devem ser sólidos e inquestionáveis.

Mercado de Trabalho: teste de vestibular

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1261823-7823-MERCADO+DE+TRABALHO+TESTE+DE+VESTIBULAR,00.html
A UnB traz novidades para concurseiros e vestibulandos. A universidade vai diferenciar os candidatos elegíveis dos que fazem o exame apenas para teste. O resultado destes não poderá ser usado.

Entenda o que é clímax argumentativo

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1256249-7823-ENTENDA+O+QUE+E+CLIMAX+ARGUMENTATIVO,00.html
O professor de português Eduardo Valladares explica o conceito através de uma questão que caiu na prova de vestibular da UFRJ de 2009. O exemplo ajuda a entender o que é clímar argumentativo.