sexta-feira, 13 de novembro de 2009

SBPC lança movimento em favor da educação Da Agência Brasil


SBPC lança movimento em favor da educação Da Agência Brasil


Brasília - A Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) lança hoje (13) em Brasília o movimento SBPC: Pacto pela Educação, com o objetivo de estabelecer metas para garantir qualidade na educação básica em todo o país. Será às 9h no auditório da reitoria da Universidade de Brasília (UnB).
A iniciativa é resultado do Grupo de Trabalho de Educação da SBPC, instituído em 2008 e destinado a gerar grande mobilização da sociedade, de modo a fazer com que as estruturas governamentais e políticas promovam o esforço necessário para que a educação básica alcance patamar aceitável de qualidade.

Agência Brasil

quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Aprendizado dos filhos preocupa menos os pais do que vaga na escole e transporte


Aprendizado dos filhos preocupa menos os pais do que vaga na escole e transporte, mostra pesquisa Elaine Patricia Cruz Repórter da Agência Brasil


São Paulo - Uma pesquisa para verificar a participação dos pais na educação de seus filhos constatou que o aprendizado preocupa bem menos do que fatores como a competência dos professores, a existência de vagas em creches e escolas e de transporte gratuito.
A pesquisa, que foi divulgada nessa quarta-feira pelo movimento Todos pela Educação, revelou que apenas 14% dos pais que moram em nove regiões metropolitanas do Brasil e 11% em cidades do interior consideram a aprendizagem a questão mais importante quando se pensa na educação no Brasil.
A competência e a motivação dos professores foi considerado o fator primordial da educação (opinião de 26% dos entrevistados das regiões metropolitanas e de 25% dos pais que moram em cidades do interior).Para Mozart Neves Ramos, presidente executivo do Todos pela Educação, isso pode ser considerado uma dicotomia já que, apesar de se mostrarem preocupados com a valorização do professor, os pais não “entendem que, se a criança não está aprendendo, de certa maneira o processo está incompleto”.“O degrau mais importante é que a criança aprenda e o aluno esteja aprendendo”, afirmou ele, em entrevista na noite de ontem à Agência Brasil. Ele participou em São Paulo do lançamento da campanha “Eu, Você, Todos pela Educação”, que pretende estimular e ampliar a participação da família na educação dos seus filhos, que está sendo divulgada em vários veículos de comunicação e também em jogos do Campeonato Brasileiro de futebol.“Não dá para dizer que isso é desinformação das pessoas. Acho que as pessoas enxergam primeiro aquilo que lhes aperta mais o calo", afirmou Ana Lucia Lima, diretora-executiva do Instituto Paulo Montenegro, que ajudou a organizar a pesquisa.
Segundo ela, enquanto a existência de vagas e a qualidade do transporte forem problemas, "eles vão enxergar isso mesmo". Para ela isso é um sinal de que também é necessário debater essas questões materiais, reforçando que elas são essenciais para garantir o aprendizado. A pesquisa foi desenvolvida pelo Ibope, por telefone, com 1.350 pessoas de nove regiões metropolitanas brasileiras - Bahia, Ceará, Pernambuco, Distrito Federal, Paraná, Rio Grande do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro e São Paulo - e de alguns municípios com mais de 50 mil habitantes. Os dados do Ibope integram uma pesquisa mais ampla sobre o universo da educação, que deverá ser divulgada no próximo mês. Segundo Priscila Cruz, diretora-executiva do Todos pela Educação, o movimento também já estuda uma nova ação a ser desenvolvida durante a campanha eleitoral do próximo ano, como tentativa de dar à educação posição de destaque na agenda política dos candidatos e dos eleitores.
“Educação de qualidade não é uma dádiva, não é um presente ou algo que a gente vai agradecer por ter uma vaga na escola. É obrigação termos vaga na escola e qualidade na educação. E isso significa o aluno aprender”.

Agência Brasil

sexta-feira, 30 de outubro de 2009

'Perdi a dignidade', diz estudante humilhada em universidade


'Perdi a dignidade', diz estudante humilhada em universidade
Por medo de ser reconhecida, jovem que sofreu assédio coletivo por usar vestido curto afirma não sair de casa
Gabriel Pinheiro, do estadao.com.br

Reprodução
Aluna deixa Uniban escoltada por policiaisSÃO PAULO - "Perdi a dignidade, nem do portão da minha casa eu passo com medo de ser reconhecida na rua". Para a estudante de turismo de 20 anos que teve de deixar a universidade escoltada pela polícia sob gritos e ameaças dos colegas na semana passada, a humilhação ainda está longe de acabar. "Estou na frente do computador há dias, minha mãe está em choque", desabafou a jovem, bastante emocionada e se esforçando para segurar o choro, em entrevista ao estadao.com.br. Tudo porque ela escolheu ir à aula com um vestido curto.

Veja também:
Aluna é vítima de assédio em massa
'Linchamento' da estudante reflete problemas sociais
'Fiquei muito assustada, chorei, entrei em desespero'

Segundo a estudante, que pediu para não ser identificada, o episódio começou "como uma grande brincadeira". Vestida para uma festa que iria naquele noite, ela conta que no início arrancou muitos elogios com seu visual, mas a situação aos poucos inverteu. No intervalo das aulas, um "verdadeiro coral ridículo de gritos de puta" a acompanhou até que deixasse o prédio. O incidente ganhou proporções ainda maiores quando as filmagens da jovem sendo ofendida no campus da Uniban de São Bernardo caíram na internet.

"Conforme foi passando o tempo, os alunos foram se aglomerando na porta da minha sala. Eu não podia sair. Eles a chutavam, pedindo ao professor que liberasse a loira gostosa. Alguns gritavam: 'tira ela do cativeiro'", relata a estudante. "O professor não saiu da sala em nenhum momento, minhas amigas cobriram as janelas e o coordenador do curso chegou com um jaleco, pedindo que eu vestisse."

Depois de algum tempo, a jovem afirma que os seguranças da universidade chegaram. Mas, em vez de ajudá-la, tentaram lhe passar "lições de moral". "Eles foram os primeiros a me recriminar, perguntaram: 'você acha que é bonito o que está fazendo? Então comecei a chorar." Finalmente, uma amiga resolveu chamar a polícia. "Quando soube que polícia estava vindo, um segurança mandou minha amiga calar a boca, disse que não era para ela ter feito aquilo. Um aluno acabou indo para cima dele, deu confusão."

Por fim, de acordo com a estudante, os policias chegaram, dispersando o tumulto com spray de pimenta. "Sai de lá escoltada por seis homens, o mais rápido que pude. Mulheres colocavam celulares na minha cara, corriam atrás de mim, para filmar meu rosto chorando. Os policiais tiveram que me levar até a minha casa." Ela ainda acusa funcionários e professores da universidade de terem a ofendido. "Vi alguns dizendo que eu mereci. Quando passei pela sala dos professores também vi dedos apontados para mim, funcionários da limpeza me xingando. Não foram só os alunos."

Nesta sexta-feira, a estudante terá uma reunião com a reitoria da Uniban para discutir o incidente. Ela, porém, revela que não pretende desistir do curso. "Eu paguei, pretendo voltar."

A Uniban, em nota, afirmou que instaurou sindicância. "Alunos, professores, seguranças e também a aluna estão sendo ouvidos individualmente", informou. A universidade "pretende aplicar medidas disciplinares aos causadores do tumulto, conforme o regimento interno".

Jornal O Estado de São Paulo de 30 de outubro de 2009

quarta-feira, 28 de outubro de 2009

PROFESSORES TERÃO 25% DE AUMENTO DE SALÁRIO


Serra sanciona aumento de 25% para professor que for aprovado em exame
Primeiras provas de promoção serão realizadas no início de 2010.Haverá cinco faixas salarias para a carreira de docente.
Do G1, em São Paulo

saiba mais
Governo de SP lançará projeto que prevê faixas salariais para professor
Assembleia de SP aprova projeto de plano de carreira para professor
Professores da rede estadual de SP se reúnem em frente à Assembleia

O governador de São Paulo, José Serra, sancionou nesta terça-feira (27) o projeto de lei que prevê aumento de 25% para professores aprovados em exame. As primeiras provas de promoção serão realizadas no início de 2010. No dia 31 de janeiro, acontecerá a prova para diretores e supervisores. Nos dias 3 e 4 de fevereiro, serão avaliados os professores de 1ª a 5ª série do ensino fundamental e de 6ª a 9ª, respectivamente.

Serão cinco faixas salariais. Os professores iniciantes, que recebem R$ 1.834, deverão esperar quatro anos para fazer a primeira prova. Depois da primeira prova, os professores com as melhores notas terão 25% de aumento e passarão para a segunda faixa. Após outros três anos, eles farão uma segunda prova e, se aprovados, terão mais 25%, e assim, sucessivamente, até a quinta faixa. Ao final de 12 anos, o valor dos salários poderá ser dobrado e alcançar R$ 7.000 no fim da carreira. Aquele que tiver baixo desempenho receberá apenas o reajuste tradicional.

A promoção para a faixa salarial seguinte será determinada por dois fatores: a prova e a análise dos anos anteriores.A promoção poderá ser obtida pelos 130 mil integrantes efetivos do magistério. Os cerca de 80 mil temporários que se tornaram estáveis pela Lei 1.010 (SPPrev) poderão participar do programa quando cumprirem quatro anos de trabalho na rede.
Notas
Para evoluir nas faixas, serão exigidas as seguintes notas mínimas nos exames anuais de promoção:
- da faixa 1 para a faixa 2: nota 6
- da faixa 2 para a faixa 3: nota 7
- da faixa 3 para a faixa 4: nota 8
- da faixa 4 para a faixa 5: nota 9

Um dos objetivos é tornar a carreira do magistério mais atrativa para alunos do ensino médio. Os profissionais continuarão se beneficiando do bônus por resultado, que paga até 2,9 salários extras ao ano.

Globo.com

sábado, 24 de outubro de 2009

Cultura é o principal foco de estudos brasileiros no Reino Unido

Cultura é o principal foco de estudos brasileiros no Reino Unido
David Lehmann, de Cambridge, diz país não seguiu tendência dos EUA.Falta de controvérsia internacional diminui interesse pelo Brasil, diz.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo

Enquanto a academia norte-americana muda o perfil tradicional dos ‘brasilianistas”, incorporando o país como referência em trabalhos de ciência, nas universidades do Reino Unido os focos dos estudos sobre o Brasil são a cultura e a sociedade.

Leia também:

Antes visto como ‘exótico’, Brasil se torna referência em pesquisas científicas nos EUA

Segundo David Lehmann, do Centro de Estudos Latino-Americanos de Cambridge, uma das mais importantes universidades do mundo, essa é a tendência no país desde os anos 1990, supostamente uma década de auge nos estudos sobre brasil. Muitas vezes, a cultura é estudada por pesquisadores brasileiros. “Há também pessoas estudando antropologia, indo dos índios à violência urbana. Nos anos 1980 havia mais pesquisas de história, mas isso diminuiu um pouco e é bem reduzido atualmente.” Um dos motivos para isso, segundo ele, é que o Brasil, apesar de ter uma relevância internacional maior que a de outros países na América Latina, não costuma se envolver em conflitos diplomáticos ou de discursos, o que o torna menos controverso e até menos atraente. “O país acaba sofrendo por estar fazendo muito sucesso, pois acaba não se envolvendo em controvérsias e, por isso, há menos interesse internacional. A Venezuela, pelo contrário, chama muita atenção com as palhaçadas de Chávez”, disse. Segundo ele, mesmo não atraindo muitos estudos, isso acaba sendo positivo para o Brasil. “O Brasil chama a atenção pela economia, pelos negócios, entretanto, o que é bom.” Autor de pesquisas sobre democracia, desenvolvimento e religião no Brasil, Lehmann explicou que no Reino Unido há programas sobre o país nas universidades de Cambridge e de Oxford e no King’s College, em Londres. O centro de Oxford teve muito sucesso por alguns anos, explicou, voltado à política brasileira e bancado por instituições brasileiras. “Aqui no Reino Unido nós não somos tão obcecados por assuntos como nos EUA”, explicou. “O grande sucesso acadêmico aqui são os estudos culturais, com programas de cultura brasileira, que atraem muitos pesquisadores pela música, dança, pelo espetáculo – este é o grande foco de estudos da América Latina por aqui.” Ele criticou o que chamou de perfil introvertido das universidades brasileiras, alegando que faltam trabalhos voltados à divulgação da produção acadêmica do país no exterior.

Anos 90
O arquivo de textos acadêmicos da London School of Economics, que reúne muito do material usado em trabalhos na universidade, ajuda a comprovar a afirmação de Lehmann de que os anos 1990 foram importantes para os estudos brasileiros no Reino Unido. Uma busca pelo nome do país, em inglês, aponta que há 95.036 menções a ele. Desse total, 13.201 foram publicados desde janeiro do ano 2000 até esta semana. Na década anterior, entre janeiro de 1990 e dezembro de 1999, o total de menções ao Brasil foi de 19.139 textos, quase 45% a mais de que nesta década. Somente neste ano, entre janeiro e outubro, o nome do país foi citado em 59 publicações encontradas na biblioteca virtual da universidade inglesa.No ano passado houve 133 menções ao “Brazil” em trabalhos acadêmicos. As publicações mais recentes que incluem menções ao país não fazem estudos sobre a realidade vivida, mas tratam da Venezuela, nutrição, biologia, astronomia, ciências em geral. Os temas especificamente brasileiros não são tão frequentes. A maioria dos trabalhos que usam o Brasil no título tratam de situações envolvendo a Amazônia, a ecologia e o ambiente.

Globo.com

Brasil vira referência em universidades dos EUA


Foto: Reprodução
Página do programa de estudos brasileiros da Universidade Harvard


Antes visto como ‘exótico’, Brasil vira referência em universidades dos EUA
Perfil do ‘brasilianista’ é rediscutido na academia norte-americana.G1 ouviu chefes de estudos em Harvard, MIT, Stanford e Berkeley.
Daniel Buarque do G1, em São Paulo

Página do programa de estudos brasileiros da Universidade Harvard (Foto: Reprodução)
Um dos mais importantes centros de estudos em tecnologia do mundo, o MIT, nos Estados Unidos, deu início aos planos para inaugurar seu primeiro centro de estudos voltado para o Brasil, parte da iniciativa internacional MISTI. O objetivo do projeto é criar grupos de solução de problemas específicos em tecnologia e ciência, e evidencia uma tendência nova para as análises do Brasil nas maiores universidades dos EUA. Em vez de formar os tradicionais brasilianistas, que se debruçavam sobre a realidade histórica, social e cultural do país como um lugar exótico e distante, a academia norte-americana passou a encarar o Brasil como um importante ator global, referência em diferentes assuntos científicos e passando por quase todas as áreas de conhecimento.

Leia também: Cultura é o principal foco de estudos brasileiros no Reino Unido Esta nova forma de encarar o Brasil está se disseminando pelos Estados Unidos. A reportagem do G1 entrevistou diretores de centros de estudos sobre o país e a América Latina em Harvard, Stanford, Universidade da Califórnia em Berkeley e MIT (Massachusetts Institute of Technology), universidades que aparecem no topo dos principais rankings de melhores instituições de ensino superior do mundo. Segundo eles, não há dados que comprovem um grande aumento no interesse acadêmico pelo Brasil, mas há uma mudança na abordagem, uma inclusão do país em áreas que antes ignoravam o que acontecia por aqui. “De fato, houve uma mudança”, explicou Harley Shaiken, diretor do Center for Latin American Studies em Berkeley, por telefone. “Essa é a mais importante nova tendência em estudos brasileiros. Nós incentivamos essa forma de incluir o Brasil em outros estudos mais gerais. Se há uma pessoa trabalhando com energias renováveis, por exemplo, ela pode não ser especialista em Brasil, mas deve haver grupo de pessoas de estudos do Brasil que podem entrar em contato com este pesquisador. E nós tentamos incentivar estes contatos”, disse.

saiba mais
Brasil é 71º melhor entre 175 países em liberdade de imprensa, diz entidade
Brasil se une aos EUA em programa florestal
Especialistas afirmam que déficit de saneamento no Brasil é "vergonhoso"
Brasil será 'a grande história' de 2010, diz 'Financial Times'
Brasil propõe meta climática para todos os países da Amazônia
Brasil pode puxar América Latina para "maior pragmatismo", diz Oppenheimer

Segundo as universidades ouvidas, esta nova realidade envolve especialmente assuntos relacionados a energia renovável, ambiente, desenvolvimento, sustentabilidade, negócios, e há um grande grupo de pesquisadores que está se especializando em temas que precisam olhar para o Brasil. Para o paulista Marcio Siwi, que vive nos EUA há dez anos e há dois atua no programa de estudos brasileiros do Centro David Rockefeller de Estudos Latino-Americanos em Harvard, “há temas em que o Brasil virou referência e que atraem muito o interesse de alunos e professores. Pode-se falar em aquecimento global, desenvolvimento sustentável, Amazônia, todos esses assuntos que são importantes para os Estados Unidos elevam a enfocar no Brasil como uma referência. O mesmo acontece nos estudos sobre desigualdade.”

‘Boom’ Brasil
Segundo o diretor do Programa Brasil do MIT, Ben Ross Schneider, mesmo com o surgimento deste e de outros novos centros de estudos sobre o país nos EUA,não há indícios para afirmar que o Brasil vive um momento de maior popularidade na academia norte-americana. Os estudos do Brasil, explicou, são descentralizados, e há programas neste sentido em muitas universidades. “Eu acabo de mudar da universidade Northwestern, em Chicago, onde há um programa de estudos, que continua existindo. Talvez haja um crescimento, mas é impossível dizer que há uma onda de popularização dos estudos do Brasil. Sempre há centros importantes desses estudos, que mudam de local de tempos em tempos”, disse, em entrevista concedida pelo telefone. Segundo ele, entretanto, pelo menos uma centena de alunos do MIT já demonstraram interesse em participar do grupo que está sendo criado por ele. Siwi, por outro lado, diz que percebe um certo aumento no interesse dos estudantes de Harvard pelo Brasil. “A quantidade de alunos que demonstram interesse no estudo do idioma português, por exemplo, cresceu muito nos últimos anos, o que gera uma diferença enorme no entendimento de o que é o Brasil e quais as diferenças do país em relação ao resto da América Latina.” Segundo ele, isso é algo que existe em todas as partes dos Estados Unidos. O mesmo acontece na Califórnia, segundo Shaiken. Em Berkeley, diz, há claramente um aumento no interesse e no número de pesquisas envolvendo o Brasil, mas muito deste crescimento vem das pessoas que não são brasilianistas, mas trabalham assuntos em que o Brasil é um protagonista. “Neste nível há muito mais interesse de que havia no passado. Não é apenas um crescimento contínuo, mas um momento de empolgação com uma gama de ideias e possibilidades que envolvem o Brasil. Isso não significa que o país seja estudado tanto quanto mereça. Acho que trata-se de um país extraordinário em um momento único e é preciso mais estudo e mais atenção. Há muitos assuntos que aproximam pesquisas em diferentes áreas do Brasil, mas não se pode dizer que o número de alunos da universidade que estudam o Brasil triplicou, pois não há dados sobre isso. O crescimento, entretanto, é real.” Shaiken, de Berkeley, credita a mudança que se percebe a uma maior familiaridade dos norte-americanos com temas relacionados ao Brasil, que vem se tornando menos exótico. “O Brasil está se tornando mais familiar, e há ao mesmo tempo muita admiração por coisas que estão acontecendo no país e críticos. Há uma mistura, mas o Brasil realmente é uma força global e muitos sentidos, e essa emergência faz com que o país seja visto com muito interesse, mas de fato sem parecer exótico.”

Gerações brasilianistas
Para Hebert S. Klein, que dirige o Centro de Estudos Latino-Americanos de Stanford, o que para algumas pessoas aparenta ser um crescimento no interesse é, na verdade, uma demonstração da mudança do perfil dos pesquisadores, e de uma mudança de geração, passando dos brasilianistas que iniciaram trabalho nos anos 1960 para novos acadêmicos que ainda se debruçam sobre a realidade do país. “Na prática, nós temos uma mudança geracional, mas não há uma mudança relevante no volume de pesquisas sobre o Brasil. Trata-se de um tema sólido na academia norte-americana, bem estabelecido, mas que não tem um crescimento acentuado. Não há um boom, mas uma produção sólida e a geração mais velha vem sendo substituída, mantendo uma regularidade nas publicações sobre o Brasil.” Segundo ele, no lugar do que querem chamar de “boom”, há um “não-declínio” do tema na academia, apesar da mudança de gerações. “Nessas novas gerações, há pessoas realizando pesquisas interessantes na universidade de Rice, na de Arizona, aqui em Stanford, em Rutgers, na UCLA, são todos pesquisadores em torno dos 40 anos, espalhados pelo país.” Pesquisador de Harvard, Siwi concorda com esta visão e define o momento alegando que estamos numa época em que se repensa o que é um brasilianista. “Eles existem, vão continuar existindo e são importantes nessas áreas de humanidades. O que vemos agora, entretanto, são cientistas, que seu tema é ciência e que incluem o Brasil em seus trabalhos. Há um professor, por exemplo, que analisa os desafios globais relacionados com a água, e que inclui o Brasil em sua pesquisa, por ser um país muito importante na área. O Brasil está ganhando espaço em áreas que antes não davam atenção ao país.” Segundo ele, o outro perfil do brasilianista não vai desaparecer, não perde espaço. Mas criou-se espaços novos que antes não existiam. “Não há um impacto menor em humanidades. Continuamos tendo muitos pesquisadores da área de humanas que mantêm seus trabalhos voltados ao Brasil. Mas há expansão, sim, é muito maior na área de ciências. Não se trata de uma troca, mas do crescimento de áreas que antes eram mais tímidas”, disse Shaiken.


Globo.com

segunda-feira, 19 de outubro de 2009

Escolas técnicas estaduais oferecem cursos gratuitos na Grande SP

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1144101-7823-ESCOLAS+TECNICAS+ESTADUAIS+OFERECEM+CURSOS+GRATUITOS+NA+GRANDE+SP,00.html

quinta-feira, 15 de outubro de 2009

Expedição que refaz viagem de Darwin chega ao Rio de Janeiro

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1141201-7823-EXPEDICAO+QUE+REFAZ+VIAGEM+DE+DARWIN+CHEGA+AO+RIO+DE+JANEIRO,00.html

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Prazo para pedir mudança de cidade do Enem termina hoje

Prazo para pedir mudança de cidade do Enem termina hoje
Alunos devem receber novamente, por correio ou celular, comprovante da inscrição com o local de prova
Mariana Mandelli - O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - O prazo para solicitar mudança de cidade para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) acaba à meia-noite desta quarta-feira, 14. Para efetuar o pedido, o interessado deve acessar o site do sistema de acompanhamento de inscrições do Enem 2009, que permite a redefinição do município em que se deseja fazer a prova. Sabáticos ou portadores de necessidades especiais que não declararam suas condições quando se inscreveram têm o mesmo prazo para inserir a informação.O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) afirmou que o sistema foi aprimorado e o candidato precisa confirmar a cidade escolhida para validar a alteração. Segundo o instituto, os participantes devem receber novamente, por correio ou celular (via torpedo), um comprovante da inscrição com o local de prova. O Enem seria realizado em 3 e 4 de outubro, mas foi cancelado no dia 1º após o Estado ter denunciado ao Ministério da Educação (MEC) o vazamento da prova. Agora, o exame será realizado em 5 e 6 de dezembro em todo o País. Com a mudança de data, algumas universidades desistiram de usar o exame para compor a nota do vestibular. É o caso da Universidade de São Paulo (USP), Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). Outras instituições redefiniram as datas de seus exames para que não haja coincidência com o Enem.
Jornal O Estado de S. Paulo de 14 de outubro 2009

domingo, 11 de outubro de 2009

Café Filosófico - A criança em seu mundo - Mário Sérgio Cortella

http://video.google.com/videoplay?docid=3481854857401771749&hl=pt-BR#

Uma sala de aula à sombra de uma árvore

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1139414-7823-UMA+SALA+DE+AULA+A+SOMBRA+DE+UMA+ARVORE,00.html

A cidade de Araçuaí, Minas Gerais conheceu uma nova forma de educar.

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1139417-7823-A+CIDADE+DE+ARACUAI+MINAS+GERAIS+CONHECEU+UMA+NOVA+FORMA+DE+EDUCAR,00.html

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Livros escolares com palavrão provocam polêmica em Minas

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1132618-7823-LIVROS+ESCOLARES+COM+PALAVRAO+PROVOCAM+POLEMICA+EM+MINAS,00.html

Exemplares de livro com palavrões são recolhidos de escolas

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1035910-7823-EXEMPLARES+DE+LIVRO+COM+PALAVROES+SAO+RECOLHIDOS+DE+ESCOLAS,00.html

Mackenzie é a quinta universidade a decidir não usar o Enem

A universidade Mackenzie anunciou na quinta-feira (8) que não vai utilizar a prova do Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para compor a nota dos candidatos do vestibular 2010. Essa é a quinta universidade a descartar o exame, as outras são USP, Unicamp, PUC-SP e PUC de Campinas (93 km de São Paulo).
Veja o conteúdo da prova do Enem que vazou
Entenda o caso sobre o desvio das provas do Enem
Segundo as faculdades, a utilização do Enem ficou inviável devido ao adiamento da prova. O processo seletivo do Mackenzie está marcado para o dia 11 de dezembro. As inscrições podem ser feitas até o dia 17 de novembro.
A prova do Enem, que deveria ter sido aplicada nos dias 3 e 4 deste mês, foi suspensa após o conteúdo das questões vazar. Reformulado neste ano, o Enem será a única forma de seleção em parte das 55 universidades federais. O exame é usado por federais também para substituir a primeira fase do vestibular, para compor a nota e nas vagas que sobrarem.
Federais
As universidades federais que já trocaram as datas de suas provas são: UnB (Universidade de Brasília) --que transferiu o PAS (Programa de Avaliação Seriada) para os dias 12 e 13 de dezembro--; a UFC (Universidade do Ceará), que agendou as provas de conhecimentos específicos e redação para 13 e 14 de dezembro; e a UFS (Universidade Federal de Sergipe) e UFU (Universidade Federal de Uberlândia), que ainda não definiram as novas datas.
Outras duas federais --a de Santa Catarina e de Juiz de Fora-- aceitaram trocar a data de seus vestibulares, porém, a decisão ainda depende dos conselhos universitários das entidades.
Nesta quinta, a UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) sugeriu mudar a data para os dias 19, 20 e 21 de dezembro, mas a decisão sobre a nova data só deverá ser anunciada na próxima terça-feira (13).
Estaduais
De acordo com o MEC, as universidades estaduais que aceitaram mudar seus calendários de vestibular foram:
UEA (Universidade Estadual do Amazonas): provas adiadas para os dias 7 e 8 de dezembro;
UEPG (Universidade Estadual de Ponta Grossa): mudou para 20 de dezembro;
UEMS (Universidade Estadual do Mato Grosso do Sul): nova data agendada para 13 de dezembro;
Uneb (Universidade Estadual da Bahia): mudou para 20 e 21 de dezembro;
UERJ (Universidade Estadual do Rio de Janeiro): adiou a prova discursiva para 13 de dezembro;
UEMA (Universidade Estadual do Maranhão): para 20 de dezembro;
UEAP (Universidade Estadual do Amapá): vestibular adiado para 13 de dezembro;
UEPA (Universidade Estadual do Pará): vestibular adiado para 13 de dezembro;
UEG (Universidade Estadual de Goiás): vestibular adiado para 13 de dezembro;
Unioeste (Universidade Estadual do Oeste do Paraná): vestibular adiado para 11 de dezembro;
Fatec (Faculdade Tecnológica de São Paulo): vestibular adiado para 13 de dezembro;
Unesp (Universidade Estadual Paulista): aceitou trocar a data, mas ainda não definiu quando serão as provas.
UEMG (Universidade Estadual de Minas Gerais): antecipou o processo seletivo para 28 de novembro.
Já a UEL (Universidade Estadual de Londrina) foi a única instituição estadual que definiu manter a data de seu processo seletivo mas, segundo o MEC, propôs realizar as provas no turno oposto ao do Enem --marcado para começar às 13h.
A USP e a Unicamp informaram que não vão mais utilizar a prova do Enem para compor a nota dos candidatos do vestibular 2010.
Outras universidades
A FGV/EAESP (Fundação Getúlio Vargas) e a EAGS (Escola de Especialistas de Aeronáutica) aceitaram a mudança, mas também não definiram as novas datas.
Os Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia reafirmam a posição do Conif (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica) de manter o Enem como forma de ingresso dos estudantes. Segundo o MEC, aqueles que tinham processo seletivo marcado para 5 e 6 dezembro já remarcaram a data.
O MEC informou ainda que o Instituto Federal Sul-rio-grandense antecipou sua prova para 22 de novembro. O Instituto Federal do Sul de Minas Gerais mudou para 12 e 13 de dezembro e o do Norte de Minas Gerais, para 20 do mesmo mês. O Instituto Federal de Pernambuco trocou para 13 de dezembro. E o do Sertão Pernambucano remarcou para 13 e 14 de dezembro a sua prova.
Senac-SP: aditou para o dia 12 de dezembro.
Cásper Líbero: data do vestibular coincide com o Enem. Representantes fazem reunião na tarde desta quarta para decidir possível adiamento da prova.
Umesp (Metodista): Nova data do vestibular 2010 será definida em reunião na quinta-feira (8).
PUC-RS: muda para 12 e 13 de dezembro.
ESPM-RS: muda para 13 de dezembro.
Folha de S.Paulo

quinta-feira, 8 de outubro de 2009

Fuvest e PUC-SP deixam de usar Enem

Os vestibulares que selecionam para Universidade de São Paulo (USP) e Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP) descartaram o uso dos resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) para compor as notas dos candidatos. Anteontem, a Unicamp havia tomado a mesma decisão. A Universidade Estadual Paulista (Unesp) estuda alterar o calendário do vestibular.

Veja também:
Mudanças podem prejudicar ProUni, diz sindicato
Resultado da prova será divulgado até 5 de fevereiro

O motivo é o adiamento do exame para 5 e 6 de dezembro, após o vazamento das provas que seriam aplicadas no último fim de semana. O Enem foi cancelado no dia 1º após o Estado ser procurado por dois homens que queriam vender o cadernos de questões. O jornal recusou e denunciou ao Ministério da Educação (MEC).A intenção da Unesp de alterar seu calendário foi fornecida pela pró-reitora de graduação, Sheila Zambello de Pinho. Mas a mudança tem de ser submetida ao Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão. Não está descartada uma convocação extraordinária do conselho. O segundo dia do Enem (6 de dezembro) coincide com provas de habilidades específicas da Unesp. As notas do exame valem até 20% da primeira fase da Unesp, que havia informado que poderia aguardar o Enem até 15 de janeiro. Ontem, o MEC fixou 5 de fevereiro como data-limite para entregar o resultado.A não utilização da nota na Fuvest fez alguns vestibulandos desistirem de fazer o Enem. A prova da Fuvest terá neste ano 117 mil candidatos que disputarão 10.812 vagas na USP, Santa Casa e na Academia da Polícia Militar. Em nota, a USP diz que a mudança "inviabiliza, lamentavelmente, a utilização dos resultados".O Enem significava cerca de 20% da nota da Fuvest desde 1999. Com esses pontos a menos, a nota de corte deve cair, já que ela é calculada a partir do desempenho médio dos alunos. O Enem ainda acrescentava 6% na nota de alunos de escolas públicas, por meio do programa de inclusão da USP (Inclusp). Essa porcentagem virá agora do desempenho da própria primeira fase, como o Estado publicou anteontem.A primeira fase da Fuvest será em 22 de novembro e a divulgação dos convocados para a segunda fase está marcada para 14 de dezembro, menos de dez dias após o novo Enem. Não há prazo suficiente para as notas serem computadas na Fuvest. Para Ocimar Alavarse, especialista em avaliação educacional da USP, as mudanças não alterarão o perfil dos aprovados na universidade. "Quem vai bem em um exame deve ir bem no outro." CAUTELAProfessores de cursos pré-vestibulares não recomendam deixar de realizar o Enem porque um bom resultado pode significar vaga em universidades federais. É o caso de 19 dos 26 cursos oferecidos pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp). "A USP é o objetivo maior. Como muitos falam, acabou a Fuvest, acabou o ano", diz a vestibulanda Laura Vieira, que vai prestar Jornalismo na Fuvest. "É bom fazer uma prova a mais, mas não sei se levarei (o Enem) com a mesma seriedade." Juliana Costiuc, de 19 anos, quer entrar em Administração e faria as provas da FGV (marcada para o mesmo dia do Enem) e da Fuvest. Ela desistiu do exame."Não aconselho o aluno a fazer isso, porque ele pode não passar e decidir fazer outro curso em uma universidade federal. Aí não vai ter a nota", diz Alberto Nascimento, coordenador do Anglo.Algumas universidades federais, estaduais e particulares mudaram as datas dos vestibulares para evitar coincidência com o Enem (mais informações nesta página). O vestibular das Faculdades de Tecnologia (Fatecs), administradas pelo Centro Paula Souza, foi remarcado do dia 6 para 13 de dezembro. "Não teria sentido prejudicar o aluno que quer fazer as duas provas", diz o coordenador de ensino, Angelo Cortelazzo. Ainda não foi definido se a nota poderá ser usada pelas Fatecs. A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) deve adiar o processo seletivo para os dias 19, 20 e 21 de dezembro. A segunda fase do vestibular da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj) foi adiada de 6 para 13 de dezembro. "Foi um sacrifício pequeno em relação ao que eles tiveram", diz a coordenadora do vestibular, Elizabeth Murad. O adiamento do Enem afetou o calendário de concursos públicos. O IBGE, que oferece 33.012 vagas, aplicará a prova no dia 12 de dezembro e a Receita Federal, que seleciona auditores fiscais, adiou o concurso para os dias 12 e 13 de dezembro.

segunda-feira, 5 de outubro de 2009

Vazamento faz Ministério da Educação substituir consórcio do Enem

A empresa que havia sido contratada para aplicar o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) está fora da nova prova, que será realizada em novembro. Segundo o Estado apurou, a decisão já foi tomada pelo Ministério da Educação (MEC), que agora busca soluções jurídicas para romper o contrato com o Connasel, consórcio que reúne empresas de São Paulo, Rio e Bahia.



Veja também: Suspeito atribui vazamento do exame a 'alguém humilde'

O exame foi cancelado na quinta-feira depois que o Estado informou ao MEC que o caderno de questões tinha vazado. A nova data do Enem e os detalhes sobre a organização da prova serão divulgados na quarta-feira, segundo o ministro Fernando Haddad.Ele disse que vai propor hoje aos reitores o adiamento do vestibular de algumas universidades para evitar a coincidência de datas e permitir que a nota do Enem seja usada na seleção dos alunos. Mas, se isso não for possível, o MEC pode realizar o exame em dois dias úteis, que seriam transformados em feriados escolares excepcionais. "Estamos apurando todo o calendário de vestibulares e outros concursos, como o do IBGE, para compatibilizar as datas", afirmou o ministro. A reunião começa pela manhã e terá a participação de uma comissão representativa dos reitores de 55 universidades, 31 instituições federais e secretários da educação dos Estados.Paralelamente, o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) se reunirá com o Connasel. Segundo o Estado apurou, ainda não foi definido se uma nova empresa ficará responsável pela prova ou se o próprio Inep fará esse trabalho. Hoje, o instituto tem a função apenas de elaborar as questões da prova.Será preciso reimprimir mais de 4 milhões de cadernos de questões e enviá-los para cerca de 1,8 mil municípios em que a prova será realizada. A decisão de não mais usar o consórcio - e consequentemente a gráfica Plural, na Grande São Paulo, que tinha sido contratada pela empresa - foi motivada pela constatação de que as cláusulas de segurança não foram seguidas. Um dos homens que tentaram vender a prova, Felipe Pradella, seria funcionário da Cetro, uma das empresas do consórcio. Ainda não está claro se ele cuidava justamente da área de segurança ou do manuseio do caderno de questões (colocar em envelopes, lacrar etc). Até ontem à noite, Pradella não havia sido localizado. Um outra opção, de ruptura parcial do contrato, também está sendo analisada. O consórcio ficaria encarregado apenas da aplicação da prova na ponta, mas cederia a impressão e a distribuição para o próprio MEC, que realizaria a tarefa com auxílio dos Correios, do Exército e da Força Nacional de Segurança Pública e outras instituições estatais. Segundo Haddad, foi pedido um parecer da Advocacia e da Controladoria-Geral da União sobre o caso.A reportagem entrou ontem em contato, por telefone, com a direção do Connasel, mas não obteve resposta. SEGURANÇAHaddad vai também se reunir, amanhã, com o ministro da Justiça, Tarso Genro. Ele pedirá a participação da inteligência da Polícia Federal na supervisão da segurança e na correção dos pontos frágeis detectados."Todo o mapeamento do novo Enem e os cenários serão submetidos ao ministro Tarso e à inteligência da PF", afirma Haddad. Sobre a data da nova prova, a única certeza de Haddad é que "em hipótese alguma" será na primeira semana de novembro, como preferiam as universidades. Mas ele também não concorda em retardar o exame até dezembro, porque isso impediria as universidades de usar a nota do Enem como seleção. O mais provável é que o exame ocorra na segunda quinzena de novembro. A prova de linguagens, matemática e redação, a qual o Estado teve acesso, teria sido realizada ontem por 4,1 milhões de estudantes brasileiros. No sábado, os mesmo alunos teriam feito o exame de ciências da natureza e ciências humanas. O jornal foi procurado na tarde de quarta-feira por um homem que dizia ter em mãos a prova do Enem e que pretendia vendê-la por R$ 500 mil. A reportagem teve acesso ao material, memorizou questões e explicou que o Estado não compra informações. Avisado pela reportagem, o MEC abriu o cofre em que estavam as questões, confirmou que se tratava da mesma prova e cancelou o exame.

Governo busca saída para romper contrato com o grupo que organizaria prova, cujo sigilo foi quebrado
MEC pedirá adiamento de vestibular a universidades
PF indicia empresário e DJ por fraude no Enem
Acusado de furtar prova é de família de capoeirista

Fonte: Jornal O Estadode S. Paulo de 05 de outubro de 2009

sábado, 3 de outubro de 2009

Adiamento das provas do Enem abala estudantes

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1134140-7823-ADIAMENTO+DAS+PROVAS+DO+ENEM+ABALA+ESTUDANTES,00.html

Adiamento das provas do Enem abala estudantes

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1134140-7823-ADIAMENTO+DAS+PROVAS+DO+ENEM+ABALA+ESTUDANTES,00.html

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Professores recomendam estudar; tire suas dúvidas sobre Enem

SÃO PAULO - Apesar do atraso da prova do Enem, devido à divulgação da prova na quarta-feira, 30, as universidades tentarão aproveitar a nota do exame em seus vestibulares, e o contepudo cobrado na prova é o mesmo dos exames de seleção das grandes universidade. Portanto, a recomendação de professores de cursinho é que o aluno continue estudando.

Veja também:
Prova vaza e MEC decide cancelar o Enem
Na web, alunos lamentam e festejam cancelamento do Enem
TV Estadão: Ministro da Educação fala sobre vazamento
O ministro da Educação, Fernando Haddad, aconselhou "usar o tempo para continuar se preparando para os vestibulares, para o próprio Enem, da mesma forma que fariam em qualquer outra circunstância. Vamos ter mais umas seis semanas pela frente. É frequentar aula, atualizar-se nos jornais, continuar aplicado na leitura, manter o ritmo de trabalho e esperar a remarcação das provas".

Abaixo, veja as principais respostas, até agora, sobre a crise criada pelo vazamento do Enem:

Quando será realizada a prova do Enem?
O Ministério da Educação não fixou uma data oficial, que deve sair nos próximos dias, mas o ministro da Educação, Fernando Haddad, mencionou um possível intervalo de 45 dias.

Quando devem sair as notas?
Em razão do adiamento, o resultado final das provas, inicialmente previsto para o dia 8 de janeiro, deve atrasar em cerca de um mês, diz o governo. Universidades que usam a nota do Enem para contar pontos em seus vestibulares podem ter acesso antecipado a alguns resultados, no entanto.

Por que o Enem ganhou tanta importância este ano?
Neste ano a prova passou por uma reformulação, mudou de formato - passando de 63 questões para 180, realizadas em dois dias - e será adotado como parte do vestibular para 42 das 55 universidades federais de todo o País.

O que fazer agora que a prova foi adiada? Estudar ou aproveitar para descansar?
Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora dos Cursos Objetivo, conta que o melhor agora é esquecer o problema da prova e continuar a estudar com dedicação total. " Não dá pra relaxar. Como a programação do Enem bate com os grandes vestibulares, basta continuar dentro do programa de estudo para provas como Fuvest e Unicamp", diz.

O que estudar agora nesse tempo extra?
Luis Ricardo Arruda, coordenador da Unidade Tamandaré do Anglo, dá a dica: "O mais importante de cada tema, pois esse é o foco da prova do Enem. Não prestar muita atenção nas notas de rodapé." O coordenador lembra ainda que o aluno que não souber o que estudar deve procurar o professor de cada área e pedir orientação de estudo.

Já se sabe se a prova que vazou servirá como simulado? Caso sim, quando pretendem divulgá-la?
Sim. A prova foi disponibilizada pelo governo na noite desta quinta-feira, e pode ser acessada aqui .

Ainda há como mudar o município onde realizarei a prova?
O Inep informa que não haverá prorrogação no prazo para mudança de local de prova. A data limite era essa quinta-feira, 1º, até às 12 horas.

O Enem vai coincidir com os vestibulares da Unesp (08/11), Unicamp (15/11) e Fuvest (22/11)?
A estimativa de 45 dias leva o Enem para por volta de 17 de novembro, perigosamente perto das provas dos grandes vestibulares paulistas. O coordenador geral do Etapa, Edmilson Motta, considera que uma coincidência do Enem com uma dessas provas seria "criminoso". "Seria uma insanidade completa, o fim do mundo pedir para o aluno escolher entre a Fuvest e o Enem", disse.

Já Vera Lúcia da Costa Antunes, coordenadora dos Cursos Objetivo, acredita que não haverá problema, mesmo com a previsão de realização do Enem em 45 dias. "Eles já têm a prova pronta, o problema agora é de logística e segurança. Acredito que antes dessa previsão de 45 dias a prova seja realizada. Se coincidir com alguma universidade, ela muda. É claro que o aluno vai querer fazer o Enem e nenhuma faculdade vai querer perder aluno", afirmou.

As universidades pretendem alterar as datas de seus vestibulares?
Cada universidade decidirá independentemente como contornará o atraso provocado pelo Enem. É importante ficar de olho nas universidades em que está inscrito (ou em que pretende se inscrever) pois as datas poderão ser alteradas.

E como fica a situação das federais e estaduais paulistas?
A Fuvest, responsável pelo vestibular da Universidade de São Paulo (USP), pretende avaliar se o resultado da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) será considerada e usada em seu processo seletivo. A reitoria da USP informou que, por causa do adiamento do Enem, a pró-reitoria de graduação e a Fuvest vão entrar em contato com o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), para verificar a possibilidade de compatibilizar os calendários e avaliar se a nota do Enem "será viável no Vestibular Fuvest 2010". Segundo a USP, os candidatos vão ser informados antecipadamente caso ocorra alguma alteração.

Já a Fundação Vunesp, que organiza o vestibular da Unesp informou, por meio de nota, que vai aguardar pela definição da nova data da prova do Enem para se manifestar sobre possíveis mudanças no calendário do vestibular deste ano. Segundo a Vunesp, os candidatos a vagas nos cursos oferecidos pela Unesp serão informados com antecedência caso ocorra alguma alteração.

Também por meio de nota à imprensa, a Comissão Permanente para os Vestibulares da Unicamp (Comvest), responsável pelo vestibular da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), informou que vai esperar pelo anúncio das novas datas de provas e da disponibilização das notas do Enem. Na Unicamp, a nota do Enem tem peso de 20% na primeira fase do processo seletivo.

Já a Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) informou que vai manter o calendário previsto para o vestibular e que o adiamento do Enem não vai afetar o processo seletivo em nenhum dos dois modelos aplicados pela instituição: o unificado (que é o vestibular em fase única com a nota do Enem, e que é aplicado em 19 cursos ministrados na instituição) e no misto (que computa a nota do Enem, mais o resultado de uma prova e mais uma segunda fase de seleção e que é aplicado em sete cursos). Segundo a Unifesp, as provas da segunda fase serão realizadas nos dias 17 e 18 de dezembro deste ano e vão contar com questões de língua portuguesa, língua estrangeira, redação e conhecimentos específicos.

Na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), a assessoria de imprensa informou que, em princípio, não haverá alteração na programação do processo seletivo. A nota do Enem vale 50% da nota final do vestibular da instituição. Os outros 50% correspondem às provas que são aplicadas pela UFSCar.

A Universidade Federal do ABC decidiu que não haverá alterações em seu calendário.

Os pontos do Enem ainda vão ser aproveitados para compor a nota de outros vestibulares?
Cada universidade terá de decidir como pretende proceder. Além da questão da segurança da prova há o problema dos prazos - a nova data de divulgação dos resultados do Enem poderá conflitar com o calendário de liberação de listas de aprovados das escolas.

O meu desempenho pode ser afetado por essa mudança?
Além da possibilidade do Enem ser realizado em datas próximas a vestibulares importantes, adiar o exame além dos 45 dias previstos também poderá ser um problema para o vestibulando.

É no final do ano que se concentram a maior parte dos vestibulares, o que acaba sobrecarregando o aluno. "Fazer o Enem no meio de várias outras provas é exaustivo, desumano. Cai a produtividade e, consequentemente, o resultado do aluno", conta Arruda.

"O ideal seria mesmo que o Enem já acontecesse agora em outubro, antes dos outros vestibulares, até porque o aluno teria uma experiência de um grande vestibular", disse Motta.

O Estado de S. Paulo

Maioria das universidades vai manter datas de seleção

USP e Unicamp, por exemplo, não farão alterações no calendário para escolha de alunos
O Estado de S. Paulo

SÃO PAULO - Consultadas pela reportagem do Estado, a maior parte das universidades que aderiram ao Enem como forma de seleção para o vestibular informou ontem que o cancelamento da prova, a princípio, não altera o calendário de exames. As instituições aguardam posicionamento do Ministério da Educação (MEC) sobre a nova edição do exame nacional.

Veja também:
Blog da Renata Cafardo: Bastidores do vazamento do Enem
Exame deve ser aplicado na 1ª quinzena de novembro
MEC deve manter endereços das provas
PF mira impressão e distribuição das provas
Professores recomendam estudar; tire suas dúvidas
Na web, alunos lamentam e festejam cancelamento
Enem fraudado é disponibilizado para simulados pelo MEC
TV Estadão: Ministro da Educação fala sobre vazamento



As principais universidades públicas paulistas, USP, Unicamp, Unesp e Unifesp não preveem alterações até agora e prometem avisar aos alunos com antecedência sobre eventuais mudanças no cronograma. No entanto, a Fundação Getúlio Vargas pretende alterar o calendário do vestibular na próxima semana.
No Rio, a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) suspendeu temporariamente as inscrições de seu processo seletivo ontem de manhã. A reitoria não quis se manifestar sobre o assunto. Segundo o ministério, 24 universidades federais aderiram à prova como forma única de seleção.

De um total de 21 universidades que responderam questionamentos da reportagem ontem, apenas 5, a Universidade Federal do Amazonas, a Universidade Tecnológica do Paraná, a Universidade Federal de Pernambuco, a Universidade Federal de Rio Grande e a UFRJ já confirmaram ontem alterações nos calendários.

A Universidade Federal de Goiás anunciou que pretende cancelar o uso do exame.
Em nota, a Associação Nacional dos Dirigentes de Instituições Federais de Ensino Superior (Andifes) informou que os processos seletivos das Instituições Federais de Ensino Superior (Ifes) serão realizados "com a qualidade e segurança tradicionais." "A Andifes advoga também a completa apuração dos fatos, visando a segurança e idoneidade dos processos seletivos", ressaltou a nota.

Discussões

Parte das universidades, no entanto, discute soluções, antes mesmo da decisão do MEC sobre um novo exame. Na hipótese de ocorrer uma incompatibilidade de datas do vestibular com o Enem, a Unesp, que utiliza 10% da pontuação do exame, pretende alterar todo o seu calendário com o objetivo de aproveitar a nota da prova nacional.

A Comissão Permanente para os Vestibulares (Comvest), da Unicamp, informou que a pontuação obtida pelo candidato no exame nacional só será aproveitada no vestibular se o Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) divulgar a pontuação dos candidatos até o dia 30 do mesmo mês.

A Universidade Federal Fluminense (UFF) considera a possibilidade de utilizar apenas as notas de seu próprio vestibular para a seleção dos novos alunos. "A segunda fase está prevista para 20 de dezembro e vai permanecer. Em último caso, o que acho que não será necessário, nós poderemos utilizar integralmente a nota da nossa primeira fase", explicou o reitor Roberto de Souza Salles.

A pró-reitoria de direção e gestão do desenvolvimento acadêmico da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) convocou para a manhã de hoje uma reunião de emergência para tratar dos rumos de seu vestibular a partir do cancelamento da prova do Enem. "Fomos pegos de surpresa. O calendário, agora ficou comprometido", afirmou o diretor de desenvolvimento acadêmico Carlos José Pinto.

O Estado de S. Paulo

quinta-feira, 1 de outubro de 2009

Enem vaza e ministério anuncia cancelamento do exame

Enem vaza e ministério anuncia cancelamento do exame
Homem tentou vender cópia para o ‘Estado’ em SP; MEC confirmou que questões eram originais
SÃO PAULO - O vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) levou o Ministério da Educação a cancelar na madrugada desta quinta-feira, 1º, a prova, que seria aplicada no fim de semana para 4,1 milhões de candidatos em 1,8 mil cidades do País. A decisão foi tomada pelo ministro Fernando Haddad após ter sido alertado pela reportagem do Estado sobre a quebra do sigilo do exame. "Há fortes indícios de que houve vazamento, 99% de chance", afirmou o presidente do Inep, Reynaldo Fernandes, por volta da 1h, por telefone.

Veja também:
Suspeita é de vazamento em gráfica

Na tarde de quarta-feira, 30, o jornal foi procurado por um homem que disse, ao telefone, ter as duas provas que seriam aplicadas no sábado e no domingo. Propôs entregá-las à reportagem em troca de R$ 500 mil. "Isto aqui é muito sério, derruba o ministério", afirmou o homem.

O Estado consultou rapidamente o material, para checar sua veracidade, sem se comprometer com a compra. Haddad, que diz nunca ter tido acesso ao conteúdo da prova, confirmou o vazamento ao consultar técnicos do Inep, órgão do ministério responsável pelo Enem. A comprovação da fraude se baseou em elementos repassados ao ministro pela reportagem, via telefone e e-mail. As questões originais estavam guardadas em um cofre, que foi aberto ontem à noite para confirmar a informação.

No exame que o Estado teve acesso, a prova de linguagens e códigos, que seria aplicada no domingo, tinha na questão número 1 uma tira da personagem de história em quadrinhos Mafalda. Na folha seguinte, o exame reproduzia uma bandeira do Brasil com a área verde parcialmente suprimida, simbolizando o desmatamento. A imagem lembra uma campanha publicitária famosa da organização não governamental SOS Mata Atlântica. Embaixo dela, a prova tinha a seguinte frase: "Estão tirando o verde de nossa terra." Em outro trecho do exame, também no alto, à esquerda, os examinadores usaram no enunciado o poema Canção do Exílio, de Gonçalves Dias, aquele que começa com os versos "Minha terra tem palmeiras/onde canta o sabiá". As questões da bandeira e do poema foram confirmadas pelo MEC como originais.

Outro trecho literário usado no Enem tinha o verso de Carlos Drummond de Andrade: "No meio do caminho tinha uma pedra/tinha uma pedra no meio do caminho". Mais adiante, a prova reproduzia um texto da revista Veja sobre o filme Touro Indomável, de Martin Scorsese. Outro personagem usado no Enem era o gato Garfield. O programa de mensagens instantâneas MSN é mencionado em uma das questões.




O encontro no qual o Estado viu trechos da prova aconteceu ontem à noite, na zona oeste de São Paulo. O homem que telefonou para a redação estava acompanhado de outra pessoa. Eles disseram ter recebido o material na segunda-feira, de um funcionário do Inep. Afirmaram que o esquema de fraude tinha cinco pessoas. "Ninguém aqui é bandido, ninguém tem ficha na polícia, nós dois temos emprego", disse o homem. Ele afirmou que recebeu o material "de Brasília, de gente do Inep, do MEC". Disse que viu na situação a oportunidade de ganhar dinheiro. "Não tenho motivação política." Ele afirmou que procurou um advogado para orientá-lo. "Registramos em cartório cópias das provas."

Seu companheiro, mais incisivo, cobrou o tempo todo da reportagem uma posição sobre o pagamento dos R$ 500 mil. "Isto aqui é muito grande, eu não quero correr o risco de morrer por nada." Diante da negativa da reportagem, ele se impacientou. "A gente vende isto aqui até por mais dinheiro", disse,
revelando a intenção de procurar emissoras de TV.

COLABOROU EVELSON DE FREITAS


MEC deve fazer novo exame no prazo de 45 dias

O MEC tem uma outra versão da prova do Enem pronta para substituir a que foi cancelada. A expectativa do ministério é realizar o exame em 45 dias. Como a metodologia do Enem exige que as questões sejam pré-testadas, o Inep tem um banco com cerca de 1,8 mil delas. O exame mudou este ano para funcionar como vestibular unificado nacional: 24 universidades federais tinham abolido seus processos seletivos em favor do novo Enem.


O Estado de S. Paulo

quarta-feira, 23 de setembro de 2009

Sobe de 29 mil para 51 mil o número de crianças analfabetas em SP



Dado da Pnad se refere à amostra na faixa etária dos 10 aos 14 anos; secretaria estadual contesta o aumento

O Estado de São Paulo registrou um aumento no número de crianças e adolescentes analfabetos, de acordo com a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) 2008, divulgada pelo IBGE na semana passada.O levantamento aponta que subiu de cerca de 56 mil, em 2007, para aproximadamente 79 mil, em 2008, o total de crianças entre 8 e 9 anos que não sabem ler nem escrever. Na faixa etária dos 10 aos 14 anos, esse número saltou de cerca de 29 mil para 51 mil. Estão incluídos nos dados tanto crianças matriculadas nas redes de ensino como as que estão fora da escola. Em relação ao total da população nessa faixa etária, 5,9% das crianças de 8 e 9 anos moradoras do Estado não estavam alfabetizadas em 2008 - o porcentual em 2007 estava em 4%. Na faixa etária seguinte, entre 10 e 14 anos, quando elas deveriam estar cursando a segunda etapa do ensino fundamental, há um crescimento de 0,8% para 1,5%. O índice do Estado puxou uma pequena alta no Sudeste. No País, o dado ficou estável. Na avaliação da Secretaria de Estado da Educação, essa diferença pode ser explicada por um erro na amostra do IBGE. Após avaliar os indicadores, o secretário Paulo Renato Souza afirmou que nenhuma outra variável poderia ser responsável pelo crescimento, já que não houve pico migratório nem aumento de matrículas nesta intensidade. Além disso, a avaliação dos estudantes aplicada pela rede não aponta para essa direção. O secretário questiona as margens de erro da Pnad.Ana Lúcia Sabóia, uma das responsáveis pelos indicadores de educação da Pnad, explica que os dados realmente têm uma margem de erro, pois são baseados em amostragem. Mas a diferença no número de crianças analfabetas entre um ano e outro no Estado de São Paulo, segundo ela, não poderia ser explicada pela margem de erro, menor do que a variação observada. Ou seja, para o IBGE, houve crescimento real no período.Para quem convive diariamente com crianças e adolescentes carentes, os números fazem sentido. Na organização não-governamental Casa do Zezinho, cerca de 40% das crianças atendidas entre 10 e 14 anos chegam ao local analfabetas. O alto índice de jovens nessa condição fez com que a ONG criasse um projeto próprio de alfabetização. "Criamos o projeto porque observamos, há um tempo, a grande quantidade de crianças, especialmente nesta faixa etária, que precisava superar a barreira do analfabetismo", explica Ana Beatriz Nogueira, de 33 anos, mediadora pedagógica da organização. "São crianças e adolescentes que estão saindo do ensino fundamental e não sabem escrever o próprio nome", explica ela. "A maioria delas é "copista", só sabe copiar o que vê na lousa." Das 1.200 crianças atendidas, cerca de 540 estão entre 10 e 14 anos. Na avaliação da educadora Vera Masagão, coordenadora de programas da organização não-governamental Ação Educativa, outro fator que pode colaborar para o aumento nos números de analfabetismo é a maior conscientização das famílias. "São os pais ou responsáveis que dão a informação sobre os filhos para os pesquisadores do IBGE. Eles podem estar mais atentos, entendendo que estar na escola não significa estar aprendendo." Para Vera, por esse ponto de vista, o índice pode ser positivo. "Pode ser um número que estava mascarado na rede, pela falta de informação e de dados mais confiáveis."Ednéia Gonçalves, diretora técnica da organização Alfabetização Solidária, que trabalha com formação de professores da educação básica, os dados merecem um estudo mais aprofundado, justamente pela preocupação que eles despertam. "Talvez as políticas novas aplicadas pela secretaria nos dois últimos anos ainda não tenham dado resultado, estão num processo de implementação, e essas crianças são justamente as que estão na fase de transição."Seja como for, o importante neste momento, segundo Cisele Ortiz, coordenadora da instituição Avisa Lá, especializada em alfabetização e formação de professores, é buscar formas de reverter o processo, ajudando os alunos que não estão alfabetizados. "Independentemente dos motivos, é um indicador que nos alerta para o fato de que alguma coisa está errada e de que há um número de jovens que não sabem ler nem escrever."


O Estado de SP

terça-feira, 22 de setembro de 2009

Execução do Hino Nacional nas escolas do ensino fundamental passa ser obrigatória

Brasília - A partir de amanhã (22), as escolas públicas e particulares de ensino fundamental terão que executar o Hino Nacional pelo menos uma vez por semana. A lei com a obrigação foi sancionada hoje (21) pelo presidente em exercício, José Alencar, que recebeu alta médica no último sábado (19). A autoria da proposta é do deputado federal Lincoln Portela (PR-MG). Em 2009, a letra do hino, escrita por Joaquim Osório Duque Estrada, completou 100 anos. Alencar também sancionou a lei que incluiu o nome do índio guarani José Tiaraju, o Sepé Tiaraju, no Livro dos Heróis da Pátria, que fica no Panteão da Liberdade e da Democracia, na Praça dos Três Poderes, em Brasília. Sepé Taraju liderou os indígenas dos Sete Povos das Missões, no Rio Grande do Sul, contra as tropas portuguesas e espanholas. As duas leis entram em vigor a partir de amanhã com a publicação no Diário Oficial da União. Alencar despachou de sua casa em São Paulo. Ele assume interinamente a Presidência da República, enquanto o presidente Luiz Inácio Lula da Silva estiver fora do país, em viagem aos Estados Unidos.

Agência Brasil

sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Escolas brasileiras serão obrigadas a oferecer aulas de música

http://video.globo.com/Videos/Player/Entretenimento/0,,GIM1124854-7822-ESCOLAS+BRASILEIRAS+SERAO+OBRIGADAS+A+OFERECER+AULAS+DE+MUSICA,00.html

terça-feira, 15 de setembro de 2009

Procura pelo ensino a distância cresceu 200% nos últimos quatro anos

http://www.agenciabrasil.gov.br/media/videos/2009/08/24/2_ensino_distancia.flv/view

Estradas em péssimas condições obrigam escolas do município catarinense a suspender as aulas

http://www.agenciabrasil.gov.br/media/videos/2009/09/14/2laguna.flv/view

sábado, 12 de setembro de 2009

EDUCAR - Rubem Alves

http://www.youtube.com/watch?v=ouFqxPYA8lg

educação infantil

http://www.youtube.com/watch?v=1BaT2mRLgbE